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jueves, 27 de octubre de 2011
anfiteatro udlap
en la clase que tuvimos en el anfiteatro conocí los diferentes tipos de huesos como son ,los huesos largos, cortos ,y planos así mismo exploramos el cuerpo de carlitos. también les comento que el profesor nos dio una platica de la estructura del cuerpo con referencia a los huesos y los diferentes traumatismos, del cual aprendimos varias cosas .exploramos y tocamos todo lo que en el anfiteatro ay para nuestro aprendizaje
domingo, 23 de octubre de 2011
Palavras Chave,
Etapa Infantil ( Portugués )É o período entre o nascimento e os 6 anos de idade. Alguns autores limite em 12 e 18 meses. Período Motor Sensorial, Piaget chamou estes primeiros meses de vida.
Children's Period, It is the period between birth and 6 years old. Some authors limit at 12 and 18 months. Sensory Motor Period, Piaget called these first months of life.
Children's Period, It is the period between birth and 6 years old. Some authors limit at 12 and 18 months. Sensory Motor Period, Piaget called these first months of life.
viernes, 21 de octubre de 2011
jueves, 20 de octubre de 2011
tratado de enfermeria infantil
en ´primer lugar se contempla al niño sano o enfermo lo que conlleva a conocer las condiciones normales de salud de la infancia, los cuidados aprestar cuando el menor no tiene salud, la educacion sanitaria tanto del niño como de la familia en pocas palabras el objetivo es el bienestar y salud del niño en todos los ambitos de su vida, esto es fisico ,social, psicologico, emocional, familiar y educativo. los cuidados que se deven dar al paciente infantil a traves de los patrones funcionales asi mismo con ellos es posible dar seguimiento al paciente de pediatria sano o enfermo.
martes, 18 de octubre de 2011
Cancer Infatil,
Obrigada a Deus por ter nacido em país generoso ,um país que cuida de nossas criancas mesmo quando a engaños políticos em maioria fala mais alto ,que Deus cubra dodos os profissionais que esplendorosamente e sem medo,buscam e sonham com a Cura Total,desse mal genético, que insiste em viver lado a lado em nossas familias, amigos.
Agradezco también México la patria que me adoptó com tanto cariño y que esta me proporcionando una carera soñada.
Fabiana A.M.Flavio
Crianças Portadoras de Leucemia Linfóide Aguda: Análise dos
Limiares de Detecção dos Gostos Básicos
Acute Lymphocytic Leukemia in Children: Analysis of Detection Thresholds
for Basic Tastes According to Gender
*Departamento de Nutrição - Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP)
Endereço para correspondência: Ilana Elman. Departamento de Nutrição - Faculdade de Saúde Pública / USP. Av. Dr. Arnaldo, 715 Cerqueira César -
São Paulo (SP) - CEP: 01246-904. E-mail: ilanae@usp.br
Ilana Elman, Maria Elisabeth Machado Pinto e Silva*
Resumo
Considera-se câncer, na infância, toda neoplasia maligna que acomete indivíduos menores de 15 anos. A leucemia
é o tipo mais comum nesta população e a linfóide aguda (LLA) é mais comum em meninos do que em meninas,
numa proporção de (1,2:1). Aproximadamente 50% dos pacientes com câncer reportam anormalidades no
comportamento alimentar por redução no apetite, dificuldades mecânicas, alterações no paladar, náuseas, vômitos,
diarréias, dentre outras. A determinação dos limiares de detecção dos gostos básicos contribui para compreender
as aversões e as preferências alimentares das crianças portadoras de câncer. O objetivo do estudo foi identificar os
limiares de detecção para os gostos básicos, por sexo, de crianças portadoras de LLA em tratamento quimioterápico.
Participaram crianças de três instituições desta especialidade em São Paulo: ITACI/ICR/HC/FMUSP, IOP -
GRAAC e o Hospital A.C. Camargo. A pesquisa foi realizada envolvendo 40 crianças, de 6 a 15 anos, sendo 21 do
sexo masculino e 19 do feminino, que seguiam o protocolo de tratamento GBTLI-99. Aplicou-se o teste de
sensibilidade de Threshold, utilizando amostras pareadas, em séries crescentes de seis concentrações distintas para
cada gosto. Foram aplicados testes não-paramétricos, utilizando-se o programa SPSS. A variável sexo não mostrou
diferenças significativas em relação à análise dos limiares de detecção dos gostos básicos.
Palavras-chave: Criança, Leucemia, Limiar, Sexo
Artigo Original
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
Artigo submetido em 17/8/06; aceito para publicação em 25/10/06
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
298 Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Elman I e Pinto e Silva MEM
INTRODUÇÃO
Câncer na infância é considerado como toda
neoplasia maligna que acomete aqueles indivíduos
menores de 15 anos1. Estima-se uma incidência anual
de cerca de 200 mil casos em todo o mundo2, sendo a
leucemia o tipo mais comum nesta população3.
Leucemias agudas são neoplasias primárias de medula
óssea caracterizadas por formarem um grupo heterogêneo
de doenças, nas quais existe a substituição dos elementos
medulares e sangüíneos normais por células imaturas ou
diferenciadas denominadas blastos, bem como acúmulo
destas células em outros tecidos. A leucemia linfóide aguda
possui bom prognóstico, com 95% de remissão completa
em casos tratados com quimioterapia1. Incidem na
população de 0 a 14 anos, em uma freqüência de 1/25.000
indivíduos/ano e o risco de desenvolver a doença nos
primeiros 10 anos é de 1/2.880. A LLA é mais comum
em crianças brancas do que negras (1,8:1), e em meninos
do que meninas (1,2:1)4. A etiologia ainda não está
determinada, embora sejam enfatizados como possíveis
causas: efeitos da irradiação, exposição a drogas
antineoplásicas, fatores genéticos associados,
imunológicos e exposição a alguns vírus5.
O tratamento da LLA é prolongado, variando de
dois a três anos. Embora os esquemas terapêuticos
possam mudar entre os diversos centros, os protocolos
modernos invariavelmente são constituídos de cinco
fases: indução de remissão, intensificação-consolidação,
reindução, prevenção da leucemia no sistema nervoso
central e continuação ou manutenção de remissão4.
No Brasil, na década de 1980, deu-se início ao
primeiro protocolo brasileiro multicêntrico de tratamento
da LLA infantil, formando-se assim o Grupo
Cooperativo Brasileiro de Tratamento de Leucemia
Linfóide Aguda na Infância (GBTLI-LLA-80). Desde
então, três estudos multicêntricos foram realizados e
concluídos (1982,1985,1993). A partir dos resultados,
observou-se uma crescente possibilidade de cura para a
criança portadora de LLA no Brasil, com curvas de
sobrevida livre de eventos para todos os grupos de risco
que saíram de 50% no GBTLI-LLA-80 para índices de
70% no GBTLI-LLA-935,6.
Todos estes protocolos adotaram, como critério de
risco, os dados clínico-laboratoriais pré-tratamento,
adaptando a intensidade da quimioterapia e da
radioterapia aos diferentes grupos, sendo aperfeiçoados
continuamente. Como exemplo, há o Protocolo GBTLI
LLA-99, o qual é baseado na experiência dos resultados
dos estudos LLA-80, 82, 85 e 937.
Medicamentos utilizados no Protocolo GBTLI-99
possuem efeitos variados no organismo, como
transtornos gastrintestinais, diminuição do apetite,
sensação do gosto metálico, dentre outros8.
Embora haja efeitos colaterais, pelo conjunto dessas
ações, a maioria das crianças portadoras de neoplasias
é tratada com vistas à cura9. Atualmente, cerca de 70%
a 75% das crianças podem ser curadas com os protocolos
de tratamento atuais10.
Tem-se observado, na população infantil portadora de
câncer, reduzida ingestão calórica e proteica nas diversas
fases da doença, por redução no apetite, dificuldades
mecânicas, alterações no paladar, náuseas, vômitos,
diarréias, e jejuns prolongados para exames pré ou pósoperatórios,
decorrentes da quimioterapia e da radioterapia.
Estudos avaliaram que, durante o ciclo da quimioterapia,
crianças e adolescentes com câncer apresentaram redução
de 40% a 50% na ingestão habitual11,12.
Os tratamentos, principalmente a quimioterapia e a
radioterapia, têm efeitos agressivos para o hospedeiro,
por deixar o organismo vulnerável e debilitado, aumentar
o risco para o comprometimento nutricional e
prejudicar a resposta terapêutica13.
Normalmente, crianças com alguma doença podem
ter seu apetite alterado e conseqüentemente afetar seu
balanceamento em nutrientes14. Isto se deve à existência
de aversões alimentares e inapetência durante o
tratamento antineoplásico, o que contribui para uma
depleção nutricional muito mais intensa15.
As qualidades sensoriais (sabor, odor, textura e
aparência) são fatores determinantes do comportamento
alimentar e desempenham um papel não somente na
determinação de seu consumo, como também da
saciedade, ingestão e seleção do alimento numa refeição16.
As crianças aprendem a associar os estímulos do
gosto dos alimentos às conseqüências fisiológicas à sua
ingestão. Um exemplo desse tipo de aprendizagem é a
aversão condicionada resultante do comer um alimento
que provoca conseqüências negativas a seguir, como
náuseas e vômitos17. Este fato associado aos efeitos
causados pelos tratamentos antineoplásicos pode explicar
a diminuição da aceitação alimentar dos pacientes.
Os tratamentos antineoplásicos utilizados, a
quimioterapia e a radioterapia reduzem a produção de
saliva causando a xerostomia, sendo que,
conseqüentemente, a percepção do sabor dos alimentos
também se altera18.
Os deficits da gustação não apenas reduzem o prazer
e o conforto provenientes dos alimentos, mas são causa
de sérios fatores de risco para as deficiências nutricionais
e imunológicas. As pessoas com deficiência na percepção
do sabor fazem suas escolhas dos alimentos com base no
que lhes atrai, sem considerar seu valor nutricional, o
que dificulta a adesão a regimes dietéticos específicos19.
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303 299
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
Para medir, analisar e interpretar reações das
características dos alimentos, como são percebidos pelos
órgãos da visão, olfato, gosto, tato e audição faz-se uso
da análise sensorial, uma disciplina científica20.
Uma das ferramentas da análise sensorial é o teste de
sensibilidade ou Threshold, que pela sua especificidade
proporciona subsídios para a formulação de produtos
direcionados a cada tipo de consumidor. Tais testes medem
a habilidade de perceber, identificar e/ou diferenciar um
ou mais estímulos pelos órgãos dos sentidos21-24.
O índice de limiar (Threshold) depende da intensidade
do estímulo causado pela concentração da solução,
podendo ser classificado em limiar absoluto,
reconhecimento, diluição e detecção. No teste de limiar
de detecção, a intensidade mínima detectável é medida
pelo estímulo referido pelo provador, mas sem
caracterizá-lo, por exemplo, não expressar se o gosto
analisado é doce ou salgado21,25.
Estudos desenvolvidos com crianças de 8 e 9 anos
de idade mostraram resultados que indicam diferenças
encontradas entre os sexos para a sensibilidade dos gostos
entre meninos e meninas, porém sugerem que essas
diferenças sejam transitórias26.
Propõe-se que crianças são menos sensíveis ao gosto
doce do que os adultos, sendo assim, para investigar os
níveis do gosto doce que as crianças são capazes de
discriminar, testes sensoriais confiáveis são necessários27.
Caratin28 realizou o teste de limiar para os gostos
básicos em escolares saudáveis, de 7 a 10 anos, onde se
observou que o sexo masculino apresentou maior
sensibilidade ao gosto amargo e azedo, enquanto as meninas
apresentaram maior sensibilidade ao gosto ácido e doce.
A determinação dos limiares de detecção dos gostos
básicos contribui para compreender as aversões e as
preferências alimentares das crianças portadoras de câncer,
melhorando a alimentação e contribuindo para a
recuperação do estado nutricional com consumo alimentar
adequado. Uma vez que esse grupo pode apresentar grande
dificuldade em se alimentar, devido à doença e suas
complicações, todos os testes que identifiquem a
sensibilidade e que, conseqüentemente, influenciarão na
orientação e aceitação alimentar devem ser realizados.
O objetivo desta pesquisa foi identificar os limiares
de detecção para os gostos básicos, por sexo, de crianças
portadoras de LLA em tratamento quimioterápico.
METODOLOGIA
POPULAÇÃO EM ESTUDO
Foram avaliados os pacientes pediátricos de 6 a 15
anos de idade, em tratamento antineoplásico, com
diagnóstico de leucemia linfóide aguda (LLA), seguindo
o protocolo GBTL-99. Participaram crianças de três
instituições desta especialidade, em São Paulo: Instituto
de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) do Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo;
Hospital do Câncer A.C. Camargo e Instituto de
Oncologia Pediátrica - Grupo de Apoio à Criança e
Adolescente com Câncer (GRAAC).
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Foram excluídas as crianças que apresentaram febre,
gripe, resfriado ou alguma complicação na cavidade
bucal, pois estes fatores podem interferir na percepção
dos gostos. Também foram excluídas aquelas que não
apresentavam condições de se expressar.
ANÁLISE SENSORIAL: LOCAL DE REALIZAÇÃO DOS TESTES DE
SENSIBILIDADE
Os testes foram realizados na própria instituição,
individualmente, em local isento de ruídos e odores,
temperatura agradável e luz natural23.
PREPARO DAS AMOSTRAS PARA O TESTE DO LIMITE
As amostras foram preparadas no Laboratório de
Bromatologia do Departamento de Nutrição da
Faculdade de Saúde Pública da USP, utilizando água
deionizada para as soluções e balança analítica para
quantificar os solutos utilizados: sacarose, cloreto de
sódio, cafeína, ácido cítrico29. As soluções, preparadas
quinzenalmente, foram acondicionadas em garrafas
plásticas de 250ml, devidamente identificadas e
armazenadas em temperatura ambiente e local arejado
nas instituições de coleta de dados.
Foi utilizado o teste de sensibilidade de Threshold, o
qual mede a habilidade de perceber, identificar e/ou
diferenciar um ou mais estímulos pelos órgãos dos
sentidos21,25. As concentrações utilizadas foram as
preconizadas pela International Organization for
Standartization29 para a determinação dos gostos,
adaptadas por Caratin28, as quais foram consideradas
eficientes na determinação dos gostos básicos. As
concentrações dos solutos por litro de água deionizada
foram: 0,500; 1,000; 2,000; 4,000; 8,000 e 16,000 para
o doce; 0,090; 0,180; 0,370; 0,750; 1,500 e 3,000 para
o salgado; 0,004; 0,008; 0,015; 0,030; 0,062 e 0,125
para o ácido; 0,025; 0,050; 0,100; 0,200; 0,400 e 0,800
para o gosto amargo.
APLICAÇÃO DO TESTE DOS LIMIARES
As amostras foram apresentadas aos pares (solução e
água deionizada), em séries crescentes de seis
concentrações distintas para cada gosto, cabendo ao
provador indicar se algum estímulo tivesse sido detectado.
300
Para que a criança compreendesse como proceder
durante o teste, foi oferecida uma solução-padrão (água
deionizada) e uma outra solução, e a criança deveria
informar se as amostras pareadas eram iguais (nãodetecção)
ou diferentes (detecção, desde que seja
apontada corretamente a solução). A apresentação das
soluções continuou até que as crianças detectassem algum
estímulo duas vezes consecutivo, cessando a seqüência.
Repetiu-se a apresentação, partindo da solução de menor
concentração do soluto (teste em duplicata). Após a
avaliação de cada par de amostras, a criança foi instruída
a lavar as papilas com água e aguardar cerca de 30
segundos para provar o próximo par.
Em nenhum momento foi solicitada a identificação
do gosto testado, sendo que a ordem apresentada foi a
mesma para todas as crianças (doce, salgado, ácido e
amargo), uma vez que o objetivo foi o de verificar o
limiar de sensibilidade para os mesmos.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Utilizaram-se testes não-paramétricos, uma vez que
as variáveis não possuíam distribuição normal. Para a
análise dos dados, utilizou-se o pacote estatístico SPSS
versão 10.031.
A comparação dos limiares (média aritmética das
duas medidas realizadas), por sexo, foi feita pelo teste
de Mann-Whitney32.
QUESTÕES ÉTICAS
Este trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo e pelos demais comitês das
instituições envolvidas na pesquisa.
As instituições em que este trabalho foi realizado
foram consultadas sobre as condições para desenvolvêlo
e assinaram um termo de consentimento segundo os
moldes da resolução n° 196 de 10/10/1996 do Conselho
Nacional de Saúde, após a submissão e aprovação desta
pesquisa pelos seus comitês de ética.
Os responsáveis foram informados e esclarecidos sobre
os objetivos e metodologia do estudo e autorizaram a
participação da criança, assinando um termo de
consentimento segundo a resolução n° 196 de 10/10/1996
do Conselho Nacional de Saúde. Só participaram do
estudo as crianças que entregaram a autorização.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE ESTUDO
Todos os pacientes analisados (n=40) já haviam sido
internados devido à LLA e, no período de aplicação
dos testes sensoriais, nenhum deles apresentou anemia
ou alguma intercorrência como mucosite, gripe, tosse,
febre ou outras doenças.
Houve uma distribuição homogênea quanto ao sexo,
sendo 21 meninos (52,5%) e 19 meninas (47,5%). Dos
pacientes analisados, 47,5% recebiam tratamento em
uma única instituição (ITACI).
ANÁLISE SENSORIAL
Teste de limiar dos gostos básicos (Threshold) Observou-se, tanto no sexo masculino quanto no
feminino, que os indivíduos apresentaram maior
detecção nas concentrações baixas para todos os gostos
básicos, principalmente o ácido para os meninos e o
salgado para as meninas.
A Tabela 1 apresenta os valores obtidos entre as duas
medidas dos limiares, uma vez que o teste de Threshold
foi aplicado em duplicata.
Tabela 1. Coeficientes de correlação intraclasse estimados entre
as duas medidas dos limiares
Gosto Doce Considerou-se, para os valores de limiares individuais
detectados, a seguinte classificação: 0,50 a 0,71g/l -
baixos; 1,06 a 2,83g/l - médios e acima destes, valores
altos de limiares de detecção individual para o gosto doce.
De acordo com a Figura 1, independente do sexo, o
maior número de crianças detectou o estímulo nas
Figura 1. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto doce, por sexo
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Elman I e Pinto e Silva MEM
301
concentrações baixas. As meninas apresentaram-se em
maior número entre os limiares baixos e médios e os
meninos nos valores baixos.
Estes resultados diferem dos encontrados por
Caratin28, uma vez que, em sua pesquisa, obteve uma
distribuição homogênea entre os sexos. Porém,
considerando os limiares mais elevados em ambos os
estudos, estes foram observados no sexo masculino.
Gosto Salgado Considerou-se, para os valores de limiares
individuais detectados, a seguinte classificação: 0,09 a
0,13g/l - baixos; 0,19 a 0,53g/l - médios e acima destes,
valores altos de limiares de detecção individual para o
gosto salgado.
De acordo com a Figura 2, pode-se observar que,
do total das crianças, 32,5% dos meninos e 25% das
meninas apresentam limiares de detecção baixos. Apenas
uma menina detectou o estímulo resultando num limiar
mais elevado.
De acordo com Figura 3, pode-se observar uma
maior distribuição de acordo com o sexo, em limiares
baixos e médios de detecção.
Figura 2. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto salgado, por sexo
Em trabalho desenvolvido por Caratin28, na distribuição
segundo os limiares para o gosto salgado de acordo com o
sexo, o feminino apresentou maior número nos valores
baixos, enquanto no presente estudo foi observado para os
indivíduos do sexo masculino. Em ambos os trabalhos,
apenas um indivíduo do sexo feminino apresentou o limiar
de detecção em valor mais elevado.
Este fato pode indicar que, enquanto as meninas
saudáveis são mais sensíveis ao salgado, são os meninos
com LLA que apresentam esta característica.
Gosto Ácido Considerou-se, para os valores de limiares individuais
detectados, a seguinte classificação: 0 - baixo; 0,01 a 0,04g/
l - médios e acima destes, ou seja, 0,07g/l, valores altos
de limiares de detecção individual para o gosto salgado.
Os resultados obtidos no presente estudo diferem
dos de Caratin28, uma vez que entre crianças saudáveis
foi observado que o maior número de crianças do sexo
feminino detectou o limiar em concentrações mais
baixas, enquanto entre as crianças portadoras de
leucemia linfóide aguda este fato ocorreu para o sexo
masculino, indicando maior sensibilidade. Outra
diferença foi o fato de haver indivíduos saudáveis de
ambos os sexos com limiar mais elevado, enquanto no
presente estudo apenas uma criança do sexo masculino
demonstrou-se menos sensível ao gosto ácido quando
comparada com as demais.
Gosto Amargo Considerou-se, para os valores de limiares
individuais detectados, a seguinte classificação: 0,03 a
0,05g/l - baixos; 0,07 a 0,14g/l - médios e acima destes
(0,21 a 0,42g/l), valores altos de limiares de detecção
individual para o gosto amargo.
A Figura 4 mostra que 30,0% das meninas e 32,5%
dos meninos apresentaram limiares baixos; 10% e 15%
médios e 7,5% e 5% detectaram nos valores elevados,
observando uma distribuição decrescente pelos limiares,
em ambos os sexos.
Esses resultados assemelham-se aos obtidos por
Caratin28, no qual o sexo masculino apresentou maior
distribuição pelos limiares de valores baixos, indicando
maior sensibilidade ao gosto amargo.
Os resultados obtidos, através da aplicação do teste
de limiares para os gostos básicos, de acordo com os
parâmetros utilizados, não foram estatisticamente
significantes para as variáveis analisadas.
Quando confrontados os valores de limiares obtidos entre
as crianças saudáveis e as portadoras de LLA, nota-se que,
Figura 3. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto ácido, por sexo
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
302
neste último grupo, os valores foram inferiores,
indicando que a população do presente estudo possui
maior sensibilidade aos gostos básicos do que as crianças
saudáveis. Além disso, destaca-se o gosto doce, uma
vez que, entre as crianças saudáveis, houve maior
concentração nos limiares de valor médio.
Os meninos apresentaram maior porcentagem nos
limiares de valor baixo, indicando maior sensibilidade
aos gostos básicos quando comparados às meninas.
Porém, quando confrontados com os resultados obtidos
por Caratin28, nota-se diferença, uma vez que, entre as
crianças saudáveis, em relação ao gosto doce, a
distribuição foi homogênea em ambos os sexos; quanto
ao salgado e ácido, as meninas apresentaram limiares
mais baixos; e apenas, quanto ao amargo, os meninos
apresentaram maior sensibilidade.
CONCLUSÃO
A variável sexo não mostrou diferenças significativas
em relação à análise dos limiares de detecção dos gostos
básicos. Porém, as crianças do sexo masculino
mostraram-se mais sensíveis aos gostos básicos do que
as do sexo feminino.
Percebe-se a importância da continuidade deste
estudo, uma vez que esta população possui características
que podem representar especificidades, tais como
preferências e aversões alimentares. Além disso, há
escassez de trabalhos nessa área em portadores de câncer,
o que poderia contribuir para melhorar a aceitação
alimentar e a qualidade de vida desta população.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É constatada grande dificuldade dos pacientes
portadores de câncer em se alimentar. A análise sensorial
Figura 4. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto amargo, por sexo
pode ser utilizada como ferramenta para investigar esse
agravante.
Optou-se pela leucemia linfóide aguda, por ser o
tipo de câncer de maior incidência na infância, até os
15 anos de idade. A menor faixa etária estudada foi
determinada a partir da idade em que as crianças são
capazes de realizar testes de análise sensorial.
Devem-se realizar pesquisas mais aprofundadas em
crianças portadoras de câncer, por possuírem
características e necessidades especiais a fim de se
estipular parâmetros mais específicos, uma vez que os
existentes são direcionados a crianças saudáveis.
A caracterização das crianças portadoras de câncer
quanto à sua sensibilidade aos gostos básicos é muito
importante para entender sua aceitação e/ou aversão
alimentar, pois contribuirá assim para a melhora do
estado nutricional e qualidade de vida desta população.
AGRADECIMENTOS
À FAPESP pela bolsa concedida e às instituições
participantes.
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Abstract
Childhood cancer is defined as any malignant neoplasm occurring in individuals under fifteen years of age. Leukemia
is the most common type in this group. Acute lymphocytic leukemia (ALL) occurs more often in boys than in girls,
with a ratio of 1.2:1. Approximately 50% of pediatric cancer patients report eating disorders, including loss of
appetite, altered taste, nausea, vomiting, and diarrhea, among others. Determination of detection thresholds for
basic tastes helps understand the aversion to food and eating preferences in children with cancer. The purpose of
the current study was to identify the detection thresholds for basic tastes according to the gender of children with
ALL on chemotherapy. Children from three oncological institutions in São Paulo participated: ITACI/ICR/HC/
FMUSP, IOP-GRAAC, and the A. C. Camargo Hospital. The sample included 40 children from 6 to 15 years of
age, (21 males and 19 females), following the GBTLI 99 treatment protocol. The sensitivity threshold test was
applied, using paired samples of six increasing concentrations for each taste. Non-parametric tests were applied
using the SPSS program. No association was observed between gender and detection threshold for basic tastes.
Key words: Children, Leukemia, Threshold, Gender
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
Agradezco también México la patria que me adoptó com tanto cariño y que esta me proporcionando una carera soñada.
Fabiana A.M.Flavio
Crianças Portadoras de Leucemia Linfóide Aguda: Análise dos
Limiares de Detecção dos Gostos Básicos
Acute Lymphocytic Leukemia in Children: Analysis of Detection Thresholds
for Basic Tastes According to Gender
*Departamento de Nutrição - Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP)
Endereço para correspondência: Ilana Elman. Departamento de Nutrição - Faculdade de Saúde Pública / USP. Av. Dr. Arnaldo, 715 Cerqueira César -
São Paulo (SP) - CEP: 01246-904. E-mail: ilanae@usp.br
Ilana Elman, Maria Elisabeth Machado Pinto e Silva*
Resumo
Considera-se câncer, na infância, toda neoplasia maligna que acomete indivíduos menores de 15 anos. A leucemia
é o tipo mais comum nesta população e a linfóide aguda (LLA) é mais comum em meninos do que em meninas,
numa proporção de (1,2:1). Aproximadamente 50% dos pacientes com câncer reportam anormalidades no
comportamento alimentar por redução no apetite, dificuldades mecânicas, alterações no paladar, náuseas, vômitos,
diarréias, dentre outras. A determinação dos limiares de detecção dos gostos básicos contribui para compreender
as aversões e as preferências alimentares das crianças portadoras de câncer. O objetivo do estudo foi identificar os
limiares de detecção para os gostos básicos, por sexo, de crianças portadoras de LLA em tratamento quimioterápico.
Participaram crianças de três instituições desta especialidade em São Paulo: ITACI/ICR/HC/FMUSP, IOP -
GRAAC e o Hospital A.C. Camargo. A pesquisa foi realizada envolvendo 40 crianças, de 6 a 15 anos, sendo 21 do
sexo masculino e 19 do feminino, que seguiam o protocolo de tratamento GBTLI-99. Aplicou-se o teste de
sensibilidade de Threshold, utilizando amostras pareadas, em séries crescentes de seis concentrações distintas para
cada gosto. Foram aplicados testes não-paramétricos, utilizando-se o programa SPSS. A variável sexo não mostrou
diferenças significativas em relação à análise dos limiares de detecção dos gostos básicos.
Palavras-chave: Criança, Leucemia, Limiar, Sexo
Artigo Original
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
Artigo submetido em 17/8/06; aceito para publicação em 25/10/06
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
298 Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Elman I e Pinto e Silva MEM
INTRODUÇÃO
Câncer na infância é considerado como toda
neoplasia maligna que acomete aqueles indivíduos
menores de 15 anos1. Estima-se uma incidência anual
de cerca de 200 mil casos em todo o mundo2, sendo a
leucemia o tipo mais comum nesta população3.
Leucemias agudas são neoplasias primárias de medula
óssea caracterizadas por formarem um grupo heterogêneo
de doenças, nas quais existe a substituição dos elementos
medulares e sangüíneos normais por células imaturas ou
diferenciadas denominadas blastos, bem como acúmulo
destas células em outros tecidos. A leucemia linfóide aguda
possui bom prognóstico, com 95% de remissão completa
em casos tratados com quimioterapia1. Incidem na
população de 0 a 14 anos, em uma freqüência de 1/25.000
indivíduos/ano e o risco de desenvolver a doença nos
primeiros 10 anos é de 1/2.880. A LLA é mais comum
em crianças brancas do que negras (1,8:1), e em meninos
do que meninas (1,2:1)4. A etiologia ainda não está
determinada, embora sejam enfatizados como possíveis
causas: efeitos da irradiação, exposição a drogas
antineoplásicas, fatores genéticos associados,
imunológicos e exposição a alguns vírus5.
O tratamento da LLA é prolongado, variando de
dois a três anos. Embora os esquemas terapêuticos
possam mudar entre os diversos centros, os protocolos
modernos invariavelmente são constituídos de cinco
fases: indução de remissão, intensificação-consolidação,
reindução, prevenção da leucemia no sistema nervoso
central e continuação ou manutenção de remissão4.
No Brasil, na década de 1980, deu-se início ao
primeiro protocolo brasileiro multicêntrico de tratamento
da LLA infantil, formando-se assim o Grupo
Cooperativo Brasileiro de Tratamento de Leucemia
Linfóide Aguda na Infância (GBTLI-LLA-80). Desde
então, três estudos multicêntricos foram realizados e
concluídos (1982,1985,1993). A partir dos resultados,
observou-se uma crescente possibilidade de cura para a
criança portadora de LLA no Brasil, com curvas de
sobrevida livre de eventos para todos os grupos de risco
que saíram de 50% no GBTLI-LLA-80 para índices de
70% no GBTLI-LLA-935,6.
Todos estes protocolos adotaram, como critério de
risco, os dados clínico-laboratoriais pré-tratamento,
adaptando a intensidade da quimioterapia e da
radioterapia aos diferentes grupos, sendo aperfeiçoados
continuamente. Como exemplo, há o Protocolo GBTLI
LLA-99, o qual é baseado na experiência dos resultados
dos estudos LLA-80, 82, 85 e 937.
Medicamentos utilizados no Protocolo GBTLI-99
possuem efeitos variados no organismo, como
transtornos gastrintestinais, diminuição do apetite,
sensação do gosto metálico, dentre outros8.
Embora haja efeitos colaterais, pelo conjunto dessas
ações, a maioria das crianças portadoras de neoplasias
é tratada com vistas à cura9. Atualmente, cerca de 70%
a 75% das crianças podem ser curadas com os protocolos
de tratamento atuais10.
Tem-se observado, na população infantil portadora de
câncer, reduzida ingestão calórica e proteica nas diversas
fases da doença, por redução no apetite, dificuldades
mecânicas, alterações no paladar, náuseas, vômitos,
diarréias, e jejuns prolongados para exames pré ou pósoperatórios,
decorrentes da quimioterapia e da radioterapia.
Estudos avaliaram que, durante o ciclo da quimioterapia,
crianças e adolescentes com câncer apresentaram redução
de 40% a 50% na ingestão habitual11,12.
Os tratamentos, principalmente a quimioterapia e a
radioterapia, têm efeitos agressivos para o hospedeiro,
por deixar o organismo vulnerável e debilitado, aumentar
o risco para o comprometimento nutricional e
prejudicar a resposta terapêutica13.
Normalmente, crianças com alguma doença podem
ter seu apetite alterado e conseqüentemente afetar seu
balanceamento em nutrientes14. Isto se deve à existência
de aversões alimentares e inapetência durante o
tratamento antineoplásico, o que contribui para uma
depleção nutricional muito mais intensa15.
As qualidades sensoriais (sabor, odor, textura e
aparência) são fatores determinantes do comportamento
alimentar e desempenham um papel não somente na
determinação de seu consumo, como também da
saciedade, ingestão e seleção do alimento numa refeição16.
As crianças aprendem a associar os estímulos do
gosto dos alimentos às conseqüências fisiológicas à sua
ingestão. Um exemplo desse tipo de aprendizagem é a
aversão condicionada resultante do comer um alimento
que provoca conseqüências negativas a seguir, como
náuseas e vômitos17. Este fato associado aos efeitos
causados pelos tratamentos antineoplásicos pode explicar
a diminuição da aceitação alimentar dos pacientes.
Os tratamentos antineoplásicos utilizados, a
quimioterapia e a radioterapia reduzem a produção de
saliva causando a xerostomia, sendo que,
conseqüentemente, a percepção do sabor dos alimentos
também se altera18.
Os deficits da gustação não apenas reduzem o prazer
e o conforto provenientes dos alimentos, mas são causa
de sérios fatores de risco para as deficiências nutricionais
e imunológicas. As pessoas com deficiência na percepção
do sabor fazem suas escolhas dos alimentos com base no
que lhes atrai, sem considerar seu valor nutricional, o
que dificulta a adesão a regimes dietéticos específicos19.
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303 299
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
Para medir, analisar e interpretar reações das
características dos alimentos, como são percebidos pelos
órgãos da visão, olfato, gosto, tato e audição faz-se uso
da análise sensorial, uma disciplina científica20.
Uma das ferramentas da análise sensorial é o teste de
sensibilidade ou Threshold, que pela sua especificidade
proporciona subsídios para a formulação de produtos
direcionados a cada tipo de consumidor. Tais testes medem
a habilidade de perceber, identificar e/ou diferenciar um
ou mais estímulos pelos órgãos dos sentidos21-24.
O índice de limiar (Threshold) depende da intensidade
do estímulo causado pela concentração da solução,
podendo ser classificado em limiar absoluto,
reconhecimento, diluição e detecção. No teste de limiar
de detecção, a intensidade mínima detectável é medida
pelo estímulo referido pelo provador, mas sem
caracterizá-lo, por exemplo, não expressar se o gosto
analisado é doce ou salgado21,25.
Estudos desenvolvidos com crianças de 8 e 9 anos
de idade mostraram resultados que indicam diferenças
encontradas entre os sexos para a sensibilidade dos gostos
entre meninos e meninas, porém sugerem que essas
diferenças sejam transitórias26.
Propõe-se que crianças são menos sensíveis ao gosto
doce do que os adultos, sendo assim, para investigar os
níveis do gosto doce que as crianças são capazes de
discriminar, testes sensoriais confiáveis são necessários27.
Caratin28 realizou o teste de limiar para os gostos
básicos em escolares saudáveis, de 7 a 10 anos, onde se
observou que o sexo masculino apresentou maior
sensibilidade ao gosto amargo e azedo, enquanto as meninas
apresentaram maior sensibilidade ao gosto ácido e doce.
A determinação dos limiares de detecção dos gostos
básicos contribui para compreender as aversões e as
preferências alimentares das crianças portadoras de câncer,
melhorando a alimentação e contribuindo para a
recuperação do estado nutricional com consumo alimentar
adequado. Uma vez que esse grupo pode apresentar grande
dificuldade em se alimentar, devido à doença e suas
complicações, todos os testes que identifiquem a
sensibilidade e que, conseqüentemente, influenciarão na
orientação e aceitação alimentar devem ser realizados.
O objetivo desta pesquisa foi identificar os limiares
de detecção para os gostos básicos, por sexo, de crianças
portadoras de LLA em tratamento quimioterápico.
METODOLOGIA
POPULAÇÃO EM ESTUDO
Foram avaliados os pacientes pediátricos de 6 a 15
anos de idade, em tratamento antineoplásico, com
diagnóstico de leucemia linfóide aguda (LLA), seguindo
o protocolo GBTL-99. Participaram crianças de três
instituições desta especialidade, em São Paulo: Instituto
de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) do Instituto
da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo;
Hospital do Câncer A.C. Camargo e Instituto de
Oncologia Pediátrica - Grupo de Apoio à Criança e
Adolescente com Câncer (GRAAC).
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Foram excluídas as crianças que apresentaram febre,
gripe, resfriado ou alguma complicação na cavidade
bucal, pois estes fatores podem interferir na percepção
dos gostos. Também foram excluídas aquelas que não
apresentavam condições de se expressar.
ANÁLISE SENSORIAL: LOCAL DE REALIZAÇÃO DOS TESTES DE
SENSIBILIDADE
Os testes foram realizados na própria instituição,
individualmente, em local isento de ruídos e odores,
temperatura agradável e luz natural23.
PREPARO DAS AMOSTRAS PARA O TESTE DO LIMITE
As amostras foram preparadas no Laboratório de
Bromatologia do Departamento de Nutrição da
Faculdade de Saúde Pública da USP, utilizando água
deionizada para as soluções e balança analítica para
quantificar os solutos utilizados: sacarose, cloreto de
sódio, cafeína, ácido cítrico29. As soluções, preparadas
quinzenalmente, foram acondicionadas em garrafas
plásticas de 250ml, devidamente identificadas e
armazenadas em temperatura ambiente e local arejado
nas instituições de coleta de dados.
Foi utilizado o teste de sensibilidade de Threshold, o
qual mede a habilidade de perceber, identificar e/ou
diferenciar um ou mais estímulos pelos órgãos dos
sentidos21,25. As concentrações utilizadas foram as
preconizadas pela International Organization for
Standartization29 para a determinação dos gostos,
adaptadas por Caratin28, as quais foram consideradas
eficientes na determinação dos gostos básicos. As
concentrações dos solutos por litro de água deionizada
foram: 0,500; 1,000; 2,000; 4,000; 8,000 e 16,000 para
o doce; 0,090; 0,180; 0,370; 0,750; 1,500 e 3,000 para
o salgado; 0,004; 0,008; 0,015; 0,030; 0,062 e 0,125
para o ácido; 0,025; 0,050; 0,100; 0,200; 0,400 e 0,800
para o gosto amargo.
APLICAÇÃO DO TESTE DOS LIMIARES
As amostras foram apresentadas aos pares (solução e
água deionizada), em séries crescentes de seis
concentrações distintas para cada gosto, cabendo ao
provador indicar se algum estímulo tivesse sido detectado.
300
Para que a criança compreendesse como proceder
durante o teste, foi oferecida uma solução-padrão (água
deionizada) e uma outra solução, e a criança deveria
informar se as amostras pareadas eram iguais (nãodetecção)
ou diferentes (detecção, desde que seja
apontada corretamente a solução). A apresentação das
soluções continuou até que as crianças detectassem algum
estímulo duas vezes consecutivo, cessando a seqüência.
Repetiu-se a apresentação, partindo da solução de menor
concentração do soluto (teste em duplicata). Após a
avaliação de cada par de amostras, a criança foi instruída
a lavar as papilas com água e aguardar cerca de 30
segundos para provar o próximo par.
Em nenhum momento foi solicitada a identificação
do gosto testado, sendo que a ordem apresentada foi a
mesma para todas as crianças (doce, salgado, ácido e
amargo), uma vez que o objetivo foi o de verificar o
limiar de sensibilidade para os mesmos.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Utilizaram-se testes não-paramétricos, uma vez que
as variáveis não possuíam distribuição normal. Para a
análise dos dados, utilizou-se o pacote estatístico SPSS
versão 10.031.
A comparação dos limiares (média aritmética das
duas medidas realizadas), por sexo, foi feita pelo teste
de Mann-Whitney32.
QUESTÕES ÉTICAS
Este trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo e pelos demais comitês das
instituições envolvidas na pesquisa.
As instituições em que este trabalho foi realizado
foram consultadas sobre as condições para desenvolvêlo
e assinaram um termo de consentimento segundo os
moldes da resolução n° 196 de 10/10/1996 do Conselho
Nacional de Saúde, após a submissão e aprovação desta
pesquisa pelos seus comitês de ética.
Os responsáveis foram informados e esclarecidos sobre
os objetivos e metodologia do estudo e autorizaram a
participação da criança, assinando um termo de
consentimento segundo a resolução n° 196 de 10/10/1996
do Conselho Nacional de Saúde. Só participaram do
estudo as crianças que entregaram a autorização.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE ESTUDO
Todos os pacientes analisados (n=40) já haviam sido
internados devido à LLA e, no período de aplicação
dos testes sensoriais, nenhum deles apresentou anemia
ou alguma intercorrência como mucosite, gripe, tosse,
febre ou outras doenças.
Houve uma distribuição homogênea quanto ao sexo,
sendo 21 meninos (52,5%) e 19 meninas (47,5%). Dos
pacientes analisados, 47,5% recebiam tratamento em
uma única instituição (ITACI).
ANÁLISE SENSORIAL
Teste de limiar dos gostos básicos (Threshold) Observou-se, tanto no sexo masculino quanto no
feminino, que os indivíduos apresentaram maior
detecção nas concentrações baixas para todos os gostos
básicos, principalmente o ácido para os meninos e o
salgado para as meninas.
A Tabela 1 apresenta os valores obtidos entre as duas
medidas dos limiares, uma vez que o teste de Threshold
foi aplicado em duplicata.
Tabela 1. Coeficientes de correlação intraclasse estimados entre
as duas medidas dos limiares
Gosto Doce Considerou-se, para os valores de limiares individuais
detectados, a seguinte classificação: 0,50 a 0,71g/l -
baixos; 1,06 a 2,83g/l - médios e acima destes, valores
altos de limiares de detecção individual para o gosto doce.
De acordo com a Figura 1, independente do sexo, o
maior número de crianças detectou o estímulo nas
Figura 1. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto doce, por sexo
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Elman I e Pinto e Silva MEM
301
concentrações baixas. As meninas apresentaram-se em
maior número entre os limiares baixos e médios e os
meninos nos valores baixos.
Estes resultados diferem dos encontrados por
Caratin28, uma vez que, em sua pesquisa, obteve uma
distribuição homogênea entre os sexos. Porém,
considerando os limiares mais elevados em ambos os
estudos, estes foram observados no sexo masculino.
Gosto Salgado Considerou-se, para os valores de limiares
individuais detectados, a seguinte classificação: 0,09 a
0,13g/l - baixos; 0,19 a 0,53g/l - médios e acima destes,
valores altos de limiares de detecção individual para o
gosto salgado.
De acordo com a Figura 2, pode-se observar que,
do total das crianças, 32,5% dos meninos e 25% das
meninas apresentam limiares de detecção baixos. Apenas
uma menina detectou o estímulo resultando num limiar
mais elevado.
De acordo com Figura 3, pode-se observar uma
maior distribuição de acordo com o sexo, em limiares
baixos e médios de detecção.
Figura 2. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto salgado, por sexo
Em trabalho desenvolvido por Caratin28, na distribuição
segundo os limiares para o gosto salgado de acordo com o
sexo, o feminino apresentou maior número nos valores
baixos, enquanto no presente estudo foi observado para os
indivíduos do sexo masculino. Em ambos os trabalhos,
apenas um indivíduo do sexo feminino apresentou o limiar
de detecção em valor mais elevado.
Este fato pode indicar que, enquanto as meninas
saudáveis são mais sensíveis ao salgado, são os meninos
com LLA que apresentam esta característica.
Gosto Ácido Considerou-se, para os valores de limiares individuais
detectados, a seguinte classificação: 0 - baixo; 0,01 a 0,04g/
l - médios e acima destes, ou seja, 0,07g/l, valores altos
de limiares de detecção individual para o gosto salgado.
Os resultados obtidos no presente estudo diferem
dos de Caratin28, uma vez que entre crianças saudáveis
foi observado que o maior número de crianças do sexo
feminino detectou o limiar em concentrações mais
baixas, enquanto entre as crianças portadoras de
leucemia linfóide aguda este fato ocorreu para o sexo
masculino, indicando maior sensibilidade. Outra
diferença foi o fato de haver indivíduos saudáveis de
ambos os sexos com limiar mais elevado, enquanto no
presente estudo apenas uma criança do sexo masculino
demonstrou-se menos sensível ao gosto ácido quando
comparada com as demais.
Gosto Amargo Considerou-se, para os valores de limiares
individuais detectados, a seguinte classificação: 0,03 a
0,05g/l - baixos; 0,07 a 0,14g/l - médios e acima destes
(0,21 a 0,42g/l), valores altos de limiares de detecção
individual para o gosto amargo.
A Figura 4 mostra que 30,0% das meninas e 32,5%
dos meninos apresentaram limiares baixos; 10% e 15%
médios e 7,5% e 5% detectaram nos valores elevados,
observando uma distribuição decrescente pelos limiares,
em ambos os sexos.
Esses resultados assemelham-se aos obtidos por
Caratin28, no qual o sexo masculino apresentou maior
distribuição pelos limiares de valores baixos, indicando
maior sensibilidade ao gosto amargo.
Os resultados obtidos, através da aplicação do teste
de limiares para os gostos básicos, de acordo com os
parâmetros utilizados, não foram estatisticamente
significantes para as variáveis analisadas.
Quando confrontados os valores de limiares obtidos entre
as crianças saudáveis e as portadoras de LLA, nota-se que,
Figura 3. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto ácido, por sexo
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
302
neste último grupo, os valores foram inferiores,
indicando que a população do presente estudo possui
maior sensibilidade aos gostos básicos do que as crianças
saudáveis. Além disso, destaca-se o gosto doce, uma
vez que, entre as crianças saudáveis, houve maior
concentração nos limiares de valor médio.
Os meninos apresentaram maior porcentagem nos
limiares de valor baixo, indicando maior sensibilidade
aos gostos básicos quando comparados às meninas.
Porém, quando confrontados com os resultados obtidos
por Caratin28, nota-se diferença, uma vez que, entre as
crianças saudáveis, em relação ao gosto doce, a
distribuição foi homogênea em ambos os sexos; quanto
ao salgado e ácido, as meninas apresentaram limiares
mais baixos; e apenas, quanto ao amargo, os meninos
apresentaram maior sensibilidade.
CONCLUSÃO
A variável sexo não mostrou diferenças significativas
em relação à análise dos limiares de detecção dos gostos
básicos. Porém, as crianças do sexo masculino
mostraram-se mais sensíveis aos gostos básicos do que
as do sexo feminino.
Percebe-se a importância da continuidade deste
estudo, uma vez que esta população possui características
que podem representar especificidades, tais como
preferências e aversões alimentares. Além disso, há
escassez de trabalhos nessa área em portadores de câncer,
o que poderia contribuir para melhorar a aceitação
alimentar e a qualidade de vida desta população.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É constatada grande dificuldade dos pacientes
portadores de câncer em se alimentar. A análise sensorial
Figura 4. Distribuição dos limiares individuais de detecção do
gosto amargo, por sexo
pode ser utilizada como ferramenta para investigar esse
agravante.
Optou-se pela leucemia linfóide aguda, por ser o
tipo de câncer de maior incidência na infância, até os
15 anos de idade. A menor faixa etária estudada foi
determinada a partir da idade em que as crianças são
capazes de realizar testes de análise sensorial.
Devem-se realizar pesquisas mais aprofundadas em
crianças portadoras de câncer, por possuírem
características e necessidades especiais a fim de se
estipular parâmetros mais específicos, uma vez que os
existentes são direcionados a crianças saudáveis.
A caracterização das crianças portadoras de câncer
quanto à sua sensibilidade aos gostos básicos é muito
importante para entender sua aceitação e/ou aversão
alimentar, pois contribuirá assim para a melhora do
estado nutricional e qualidade de vida desta população.
AGRADECIMENTOS
À FAPESP pela bolsa concedida e às instituições
participantes.
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Preference. 2004;15:541-48.
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Universidade de São Paulo; 2004.
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Switzerland; 1985.
31. Statistical Package for the Social Science. SPSS for Windows:
versão 10.0. Illinois: SPSS Incorporation; 2000.
32.Conover WJ. Practical nonparametric statistics. 3rd ed. New
York: John Wiley & Sons; 1998.
Abstract
Childhood cancer is defined as any malignant neoplasm occurring in individuals under fifteen years of age. Leukemia
is the most common type in this group. Acute lymphocytic leukemia (ALL) occurs more often in boys than in girls,
with a ratio of 1.2:1. Approximately 50% of pediatric cancer patients report eating disorders, including loss of
appetite, altered taste, nausea, vomiting, and diarrhea, among others. Determination of detection thresholds for
basic tastes helps understand the aversion to food and eating preferences in children with cancer. The purpose of
the current study was to identify the detection thresholds for basic tastes according to the gender of children with
ALL on chemotherapy. Children from three oncological institutions in São Paulo participated: ITACI/ICR/HC/
FMUSP, IOP-GRAAC, and the A. C. Camargo Hospital. The sample included 40 children from 6 to 15 years of
age, (21 males and 19 females), following the GBTLI 99 treatment protocol. The sensitivity threshold test was
applied, using paired samples of six increasing concentrations for each taste. Non-parametric tests were applied
using the SPSS program. No association was observed between gender and detection threshold for basic tastes.
Key words: Children, Leukemia, Threshold, Gender
Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 297-303
Gostos Básicos em crianças com Leucemia Linfóide Aguda
Cuidados paliativos
La mayoría de las personas tenemos la firme creencia de que los niños y los adolescentes tienen “toda la vida” por delante, por esta razón se trabaja con mucho ánimo en la educación académica y social de los pequeños. La mayoría de nosotros, ni siquiera se preocupa por educar a los niños o aprender nosotros mismos sobre el tema de la muerte, porque siempre lo pensamos muy remoto, aunque sabemos que va a llegar el día de despedirnos, no queremos ni pensar en eso.
Pero un día, un miembro de la familia enferma, y si existe un tratamiento para su curación tenemos una esperanza y generalmente toda la familia apoya de diferentes formas. Pero en algunos casos no hay respuesta al tratamiento, la enfermedad avanza, se vuelve progresiva, activa e incurable. En ese momento nos sentimos sin fuerzas, angustiados, con una gran incertidumbre, porque no sentimos que estamos preparados para asumir la muerte, el dolor y la partida.
Vamos a necesitar una gran dosis de fe, unión familiar y la valentía suficiente para afrontar el momento y ayudar al niño o al familiar en su proceso de muerte serena y digna. Pero no es suficiente, lo más indicado será buscar también la ayuda de un equipo profesional y humano debidamente preparado para que brinde los CUIDADOS PALIATIVOS.
Los Cuidados Paliativos para niños tienen como meta mejorar la calidad de vida y la de la familia. Esto se logra a través del manejo del dolor del paciente y de otros síntomas físicos (náusea, vómitos, ansiedad, disnea o falta de aire) por un profesional capacitado. Lo ideal es que el paciente pueda permanecer lo más alerta y cómodo posible. Incluso se atienden las necesidades físicas, psíquicas, sociales y espirituales del sistema familiar.
Pero un día, un miembro de la familia enferma, y si existe un tratamiento para su curación tenemos una esperanza y generalmente toda la familia apoya de diferentes formas. Pero en algunos casos no hay respuesta al tratamiento, la enfermedad avanza, se vuelve progresiva, activa e incurable. En ese momento nos sentimos sin fuerzas, angustiados, con una gran incertidumbre, porque no sentimos que estamos preparados para asumir la muerte, el dolor y la partida.
Vamos a necesitar una gran dosis de fe, unión familiar y la valentía suficiente para afrontar el momento y ayudar al niño o al familiar en su proceso de muerte serena y digna. Pero no es suficiente, lo más indicado será buscar también la ayuda de un equipo profesional y humano debidamente preparado para que brinde los CUIDADOS PALIATIVOS.
Los Cuidados Paliativos para niños tienen como meta mejorar la calidad de vida y la de la familia. Esto se logra a través del manejo del dolor del paciente y de otros síntomas físicos (náusea, vómitos, ansiedad, disnea o falta de aire) por un profesional capacitado. Lo ideal es que el paciente pueda permanecer lo más alerta y cómodo posible. Incluso se atienden las necesidades físicas, psíquicas, sociales y espirituales del sistema familiar.
lunes, 17 de octubre de 2011
Fighting Cancer With Knowledge And Hope
Fighting Cancer With Knowledge And Hope
Richard C. Frank, MD
The book is divided mainly into two sections. In the first part, “Exposing Cancer”, explaining the biology and behavior of the disease, discusses diagnosis, staging and curability, and reveals why cancer develops. Also included in the first section are the role of tumor markers, how prognosis can guide treatment decisions, and the impact of genomics. In Part 2, “Attacking Cancer”, the author elucidates cancer treatment strategies, the importance of metastasis in decision making, and how the major forms of cancer-fighting drugs curb its growth. This book is packed with patient stories, helpful illustrations, and useful questions to ask their oncologist, the book helps patients understand their illness and make decisions. It´s helpful and should be useful for the patient and for the nurse and health team.
Richard C. Frank, MD
The book is divided mainly into two sections. In the first part, “Exposing Cancer”, explaining the biology and behavior of the disease, discusses diagnosis, staging and curability, and reveals why cancer develops. Also included in the first section are the role of tumor markers, how prognosis can guide treatment decisions, and the impact of genomics. In Part 2, “Attacking Cancer”, the author elucidates cancer treatment strategies, the importance of metastasis in decision making, and how the major forms of cancer-fighting drugs curb its growth. This book is packed with patient stories, helpful illustrations, and useful questions to ask their oncologist, the book helps patients understand their illness and make decisions. It´s helpful and should be useful for the patient and for the nurse and health team.
Nuevo tratado de Pediatría M. Cruz
Nuevo tratado de Pediatría M. Cruz
M. Cruz
El libro Nuevo tratado de Pediatría M. Cruz es informativo, tiene varios contendidos y se basa en el tratamiento específico en la pediatría, sin embargo me enfoco en el área de oncología pediátrica. El tipo de información es acerca de la pediatría particular en los pacientes que padecen el cáncer infantil. Al valorar puedes darte cuenta que el cáncer puede llegar a afectar varios sistemas del paciente. Además se pueden ver algunas alteraciones endocrinológicas el cual se considera el sistema más vulnerable más que nada por su sensibilidad a los tratamientos quimio y radioterápicos. Las alteraciones cardiacas que pueden contribuir a un aumento del riesgo cardiaco en pacientes tratados por cáncer. Las alteraciones nefrourologicas que es el riesgo aumentado que puede ser secundario a aspectos relacionados con la propia enfermedad. Alteraciones neurológicas, neuropsicológicas, esplénicas, sensoriales, del aparato digestivo, o neoplasias. Todas se hacen más vulnerables por la experiencia de agentes como los farmacéuticos que pueden cambiar increíbles cambios en el sistema del paciente.
M. Cruz
El libro Nuevo tratado de Pediatría M. Cruz es informativo, tiene varios contendidos y se basa en el tratamiento específico en la pediatría, sin embargo me enfoco en el área de oncología pediátrica. El tipo de información es acerca de la pediatría particular en los pacientes que padecen el cáncer infantil. Al valorar puedes darte cuenta que el cáncer puede llegar a afectar varios sistemas del paciente. Además se pueden ver algunas alteraciones endocrinológicas el cual se considera el sistema más vulnerable más que nada por su sensibilidad a los tratamientos quimio y radioterápicos. Las alteraciones cardiacas que pueden contribuir a un aumento del riesgo cardiaco en pacientes tratados por cáncer. Las alteraciones nefrourologicas que es el riesgo aumentado que puede ser secundario a aspectos relacionados con la propia enfermedad. Alteraciones neurológicas, neuropsicológicas, esplénicas, sensoriales, del aparato digestivo, o neoplasias. Todas se hacen más vulnerables por la experiencia de agentes como los farmacéuticos que pueden cambiar increíbles cambios en el sistema del paciente.
Manual Práctico de patologi pediátrica 111 casos clínicos
Manual Práctico de patologi pediátrica 111 casos clínicos
J. L. Pérez Navero
I. Ibarra de la Rosa
R. Camino León
Conforme avanzan los conocimientos médicos también lo hacen los tratamientos y el En el libro Manual Práctico De Patología Pediátrica, 111 Casos Clínicos se proporciona información que puede ser de gran ayuda en el tratado de algunas enfermedades específicamente dentro del área de la pediatría. Aunque conforme van avanzando los conocimientos médicos también lo hacen los tratamientos y los fármacos que se tienen para las diversas patologías que existen. De esta manera se intenta contrastar la información y cada caso clínico es desarrollado bajo fuertes consideraciones de información de confianza con los criterios aceptados en el momento en que fueron creados. En el libro se puede observar que cada caso contiene el historial, los antecedentes tanto personales del paciente como los familiares, la exploración física, la exploración complementaria que serían cualquier examen de laboratorio, generalidades, diagnóstico y tratamiento, en algunos también puede incluir su evolución. Lo cual resulta de gran apoyo, aunque hay que aclarar que es mejor seguir las valoraciones, y no conformarse con los primeros resultados que se obtengan de los libros, teniendo en cuenta que cada paciente es diferente, por lo cual el tratamiento también debería de ser individualizado.
J. L. Pérez Navero
I. Ibarra de la Rosa
R. Camino León
Conforme avanzan los conocimientos médicos también lo hacen los tratamientos y el En el libro Manual Práctico De Patología Pediátrica, 111 Casos Clínicos se proporciona información que puede ser de gran ayuda en el tratado de algunas enfermedades específicamente dentro del área de la pediatría. Aunque conforme van avanzando los conocimientos médicos también lo hacen los tratamientos y los fármacos que se tienen para las diversas patologías que existen. De esta manera se intenta contrastar la información y cada caso clínico es desarrollado bajo fuertes consideraciones de información de confianza con los criterios aceptados en el momento en que fueron creados. En el libro se puede observar que cada caso contiene el historial, los antecedentes tanto personales del paciente como los familiares, la exploración física, la exploración complementaria que serían cualquier examen de laboratorio, generalidades, diagnóstico y tratamiento, en algunos también puede incluir su evolución. Lo cual resulta de gran apoyo, aunque hay que aclarar que es mejor seguir las valoraciones, y no conformarse con los primeros resultados que se obtengan de los libros, teniendo en cuenta que cada paciente es diferente, por lo cual el tratamiento también debería de ser individualizado.
domingo, 16 de octubre de 2011
jueves, 13 de octubre de 2011
Cancer Infantil,
O câncer infantil e todos nós
A visão que o câncer infantil provoca em todos que sobre ele refletem é plena de sentimentos díspares; para alguns, pode representar impotência diante do inexorável; para outros, significa um grande desafio cientifico, até inimaginável para um país com as características do nosso.
Na verdade, estamos diante de uma condição em que a maioria dos que são afetados podem ser curados, mas ainda com substancial número de insucessos; tratamentos custosos e prolongados são a regra, em geral com extrema sofisticação. Aí vem aquela que talvez, a muitos, represente uma grande surpresa: nosso país domina plenamente todos os passos técnicos para que as melhores chances de êxito sejam alcançadas no tratamento do câncer infantil e contribui de modo expressivo para a aquisição de novos conhecimentos.
É uma feliz realidade, mas a ela está atrelado aquele que é, de fato, nosso maior desafio: estender a todos os nossos irmãos e irmãs, em todas as áreas de nosso país, as chances de usufruir desses grandes resultados. Essa é nossa grande tarefa, essa é, de fato, nossa grande missão. Missão de todos nós, de fazer com que as condições socioeconômicas não sejam um obstáculo impossível de ser transposto para alcançarmos o resultado desejado. Missão de fazer com que um ITACI esteja sempre ao alcance de uma criança que dele necessite.
A todos que participam dessa luta, em nome de nossas crianças, de nossos tantos filhos e filhas, nosso muito, muito obrigado.
Dr. Vicente Odoni Filho
Coordenador Clínico do ITACI
A visão que o câncer infantil provoca em todos que sobre ele refletem é plena de sentimentos díspares; para alguns, pode representar impotência diante do inexorável; para outros, significa um grande desafio cientifico, até inimaginável para um país com as características do nosso.
Na verdade, estamos diante de uma condição em que a maioria dos que são afetados podem ser curados, mas ainda com substancial número de insucessos; tratamentos custosos e prolongados são a regra, em geral com extrema sofisticação. Aí vem aquela que talvez, a muitos, represente uma grande surpresa: nosso país domina plenamente todos os passos técnicos para que as melhores chances de êxito sejam alcançadas no tratamento do câncer infantil e contribui de modo expressivo para a aquisição de novos conhecimentos.
É uma feliz realidade, mas a ela está atrelado aquele que é, de fato, nosso maior desafio: estender a todos os nossos irmãos e irmãs, em todas as áreas de nosso país, as chances de usufruir desses grandes resultados. Essa é nossa grande tarefa, essa é, de fato, nossa grande missão. Missão de todos nós, de fazer com que as condições socioeconômicas não sejam um obstáculo impossível de ser transposto para alcançarmos o resultado desejado. Missão de fazer com que um ITACI esteja sempre ao alcance de uma criança que dele necessite.
A todos que participam dessa luta, em nome de nossas crianças, de nossos tantos filhos e filhas, nosso muito, muito obrigado.
Dr. Vicente Odoni Filho
Coordenador Clínico do ITACI
miércoles, 12 de octubre de 2011
martes, 11 de octubre de 2011
Libro Reseña ENFERMERÌA ONCOLÒGICA EN PEDIATRIA
Este libro nos habla de los diversos tipos de canceres en niños. También nos da información en cuidados de enfermería asimismo de que manera debemos hacer nuestros cuidados y cómo podemos ayudarles a nuestros pacientes y sus familias para que con nuestra ayuda y la de ellos nuestro paciente se sienta seguro y tenga confianza en nosotros mientras está hospitalizado. Así mismo darle el tratamiento adecuado a cada paciente con esta patología para que tenga una buena atención. También nos habla de los diversos medicamento que editen para los diversos canceres oncológicos en pediatría y como se debe administrar de igual manera los diversos recursos de quimioterapia para el tratamiento de estas patologías
sábado, 8 de octubre de 2011
Protocolos de enfermeria: Actividad 10
Protocolos de enfermeria: Actividad 10: Revista Latino-Americana de Enfermería. ________________________________________ RESUMEN Este estudio tiene por objetivo describir la tra...
Protocolos de enfermeria: estudio pediatria y oncologia
Protocolos de enfermeria: estudio pediatria y oncologia: Aunque son muchas y variadas las definiciones que se han dado sobre el significado de la "Ecología", nos ha parecido que la más apropiada al...
viernes, 7 de octubre de 2011
Actividad 13
ACTIVIDAD 13. Organización de la Información ID. 144550
Área 1: ¨Enfermería Médico-Quirúrgica ¨ Williams Hopper.
Área 2: Tercera Edición
Área 3: Libro de Estudios especifico para Enfermería Medicoquirurgica
Área 4: Derechos reservados 2009.respecto a la primera edición en español por MCGRAW-HIL INTERAMERICANA EDITORES, S.A. DE C.V.
A subsidiary of the McGraw-Hill Campanies, Inc.
Prolongation Paseo de la Reforma 1015 .Torres a, Piso 17 Col.Dessarolo Santa Fe,
Delegación Álvaro Obregón
C.P.01376, México D.F.
Miembro de la Cámara Nacional de la Industria Editorial Mexicana, Reg.Num. 736
Área 5: Es un libro ilustrativo, con 1400 páginas, empastado capa poco rigida, hojas regular de 6.3 x 20 .cm s.
Área 6: no encontré,
Área 7: A nuestros estudiantes, esto esto e para ustedes .Esperamos que les ayude a lograr sus sueños. Linda y Paula
Área 8: ISBN 13: 978-970-10-7242-4
Área 1: ¨Enfermería Médico-Quirúrgica ¨ Williams Hopper.
Área 2: Tercera Edición
Área 3: Libro de Estudios especifico para Enfermería Medicoquirurgica
Área 4: Derechos reservados 2009.respecto a la primera edición en español por MCGRAW-HIL INTERAMERICANA EDITORES, S.A. DE C.V.
A subsidiary of the McGraw-Hill Campanies, Inc.
Prolongation Paseo de la Reforma 1015 .Torres a, Piso 17 Col.Dessarolo Santa Fe,
Delegación Álvaro Obregón
C.P.01376, México D.F.
Miembro de la Cámara Nacional de la Industria Editorial Mexicana, Reg.Num. 736
Área 5: Es un libro ilustrativo, con 1400 páginas, empastado capa poco rigida, hojas regular de 6.3 x 20 .cm s.
Área 6: no encontré,
Área 7: A nuestros estudiantes, esto esto e para ustedes .Esperamos que les ayude a lograr sus sueños. Linda y Paula
Área 8: ISBN 13: 978-970-10-7242-4
jueves, 6 de octubre de 2011
miércoles, 5 de octubre de 2011
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Cáncer Infantil
El cáncer infantil suele manifestarse con síntomas que pueden ser confundidos con otras enfermedades, por lo que el diagnóstico es difícil de realizar. Para tal fin los médicos recomiendan a los padres acudir con regularidad al pediatra y realizarle al niño sus revisiones recomendadas, sobre todo durante los primeros años de vida.
Cancer Infatil
El cáncer en niños
CÁNCER
EEl diagnóstico de cáncer en un niño es una experiencia espantosa y
desconcertante para los padres y el niño. Sin embargo, con los recientes
progresos en los fármacos y tratamientos para el cáncer, el 80 % de
niños con esta enfermedad llegan a la edad adulta.
En el número correspondiente al 10 de abril de 2002 de JAMA, se incluye
un artículo sobre la supervivencia de cánceres infantiles.
CÁNCERES FRECUENTES EN LA INFANCIA
HABLAR DEL CÁNCER CON SU HIJO
PARA SU PROPIA INFORMACIÓN
• National Cancer Institute
800/422-6237
www.nci.nih.gov
• American Cancer Society
800/227-2345
www.cancer.org
• Candlelighters Childhood Cancer
Foundation
800/336-2223
www.candlelighters.org
Para localizar esta “Página
de JAMA para el Paciente”
u otras previas, acceda al Índice
de la “Página para el Paciente”
en la web de JAMA
(www.jama.com). En el número
correspondiente al 22/29 de
agosto de 2001 se publicó una
“Página” sobre la leucemia,
y en el número correspondiente
al 11 de abril de 2001, una
“Página” sobre el linfoma.
La "Página de JAMA para el Paciente" es un servicio público de la revista JAMA. La información
y recomendaciones que aparecen en esta página son adecuadas en la mayoría de los casos, pero
no constituyen el sustituto de un diagnóstico médico. Para una información más específica sobre
su caso particular, la revista JAMA le sugiere que consulte con su médico. Esta página puede ser
reproducida sin ánimo de lucro por parte de médicos y de otros profesionales de la salud y puede
facilitarse a los pacientes. Cualquier otro tipo de reproducción debe someterse a la aprobación de
la AMA. Para adquirir separatas pueden ponerse en contacto con el teléfono + 718/946-7424.
JAMA PATIENT PAGE The Journal of the American Medical Association
Redactor: Lise M. Stevens, MA
Diseñador: Cassio Lynm, MA
Editor: Richard M. Glass, MD
El cáncer es un grupo de enfermedades que se desarrollan cuando se descontrola
el crecimiento de las células en el cuerpo. Algunos cánceres forman proliferaciones
llamadas tumores, pero no todos los tumores son cancerosos. Los tumores benignos
(no cancerosos) con frecuencia pueden extirparse y, a diferencia de los tumores
malignos (cancerosos), rara vez representan una amenaza para la vida.
El cáncer sí lo es porque puede extenderse a otras partes del cuerpo (metastatizar).
Los cánceres más frecuentes en la infancia son:
• Leucemia: cáncer de los glóbulos blancos.
• Linfoma: cáncer de los ganglios linfáticos.
• Tumores cerebrales: el cáncer puede localizarse en muchas partes del cerebro.
• Osteosarcoma: cáncer de huesos.
Es muy importante que hable a su hijo sobre su enfermedad de forma calmada,
sincera y abierta. Según su edad, podrá entender una cantidad variable de
información. Más adelante, se describen algunas directrices generales por grupos de
edad; no obstante, cada niño es diferente, y es posible que las directrices para el
grupo de edad de su hijo no sean apropiadas para él. Téngalo en cuenta.
• Los niños de menos de 2 años de edad no entienden qué significa el cáncer. Es
posible que lloren o no cooperen durante las pruebas o tratamientos. Consuélele y
dígale que es normal llorar cuando algo le duele, como el pinchazo de una aguja.
• Los niños de 2 a 7 años de edad pueden pensar que su enfermedad es un castigo
por algo que han hecho, dicho o pensado. Explique a su hijo que no es verdad, y
que los tratamientos y las pruebas sirven para curarle del cáncer y se recupere.
Dígale que el cáncer son células “malas” y que el tratamiento le ayuda a que
“ganen” las células “buenas”.
• Los niños de 7 a 12 años de edad comprenden mejor la enfermedad y entienden
que iniciar el tratamiento e ir al médico les ayuda a sentirse mejor, aun cuando los
tratamientos les ocasionen dolor y malestar pasajeros.
• Los niños de 12 años de edad o más suelen entender que el cáncer es el
responsable de sus síntomas, como sentirse cansados. Explique a su hijo con
detalle cómo le ayuda el tratamiento y cómo funcionan los medicamentos para
hacer que en último término se encuentre mejor.
Los niños con cáncer tienen muchas dudas sobre su enfermedad pero les asusta
plantear preguntas. Hable desde el principio con el médico de su hijo para entender
bien el tratamiento y sus efectos secundarios poder explicárselo. Sea muy cariñoso y
muéstrele todo su apoyo, además de contestar sinceramente a sus preguntas.
Fuentes: American Cancer Society,
Candlelighters Childhood Cancer Foundation,
Centers for Disease Control and Prevention,
National Cancer Institute, Nemours
Foundation.
CÁNCER
EEl diagnóstico de cáncer en un niño es una experiencia espantosa y
desconcertante para los padres y el niño. Sin embargo, con los recientes
progresos en los fármacos y tratamientos para el cáncer, el 80 % de
niños con esta enfermedad llegan a la edad adulta.
En el número correspondiente al 10 de abril de 2002 de JAMA, se incluye
un artículo sobre la supervivencia de cánceres infantiles.
CÁNCERES FRECUENTES EN LA INFANCIA
HABLAR DEL CÁNCER CON SU HIJO
PARA SU PROPIA INFORMACIÓN
• National Cancer Institute
800/422-6237
www.nci.nih.gov
• American Cancer Society
800/227-2345
www.cancer.org
• Candlelighters Childhood Cancer
Foundation
800/336-2223
www.candlelighters.org
Para localizar esta “Página
de JAMA para el Paciente”
u otras previas, acceda al Índice
de la “Página para el Paciente”
en la web de JAMA
(www.jama.com). En el número
correspondiente al 22/29 de
agosto de 2001 se publicó una
“Página” sobre la leucemia,
y en el número correspondiente
al 11 de abril de 2001, una
“Página” sobre el linfoma.
La "Página de JAMA para el Paciente" es un servicio público de la revista JAMA. La información
y recomendaciones que aparecen en esta página son adecuadas en la mayoría de los casos, pero
no constituyen el sustituto de un diagnóstico médico. Para una información más específica sobre
su caso particular, la revista JAMA le sugiere que consulte con su médico. Esta página puede ser
reproducida sin ánimo de lucro por parte de médicos y de otros profesionales de la salud y puede
facilitarse a los pacientes. Cualquier otro tipo de reproducción debe someterse a la aprobación de
la AMA. Para adquirir separatas pueden ponerse en contacto con el teléfono + 718/946-7424.
JAMA PATIENT PAGE The Journal of the American Medical Association
Redactor: Lise M. Stevens, MA
Diseñador: Cassio Lynm, MA
Editor: Richard M. Glass, MD
El cáncer es un grupo de enfermedades que se desarrollan cuando se descontrola
el crecimiento de las células en el cuerpo. Algunos cánceres forman proliferaciones
llamadas tumores, pero no todos los tumores son cancerosos. Los tumores benignos
(no cancerosos) con frecuencia pueden extirparse y, a diferencia de los tumores
malignos (cancerosos), rara vez representan una amenaza para la vida.
El cáncer sí lo es porque puede extenderse a otras partes del cuerpo (metastatizar).
Los cánceres más frecuentes en la infancia son:
• Leucemia: cáncer de los glóbulos blancos.
• Linfoma: cáncer de los ganglios linfáticos.
• Tumores cerebrales: el cáncer puede localizarse en muchas partes del cerebro.
• Osteosarcoma: cáncer de huesos.
Es muy importante que hable a su hijo sobre su enfermedad de forma calmada,
sincera y abierta. Según su edad, podrá entender una cantidad variable de
información. Más adelante, se describen algunas directrices generales por grupos de
edad; no obstante, cada niño es diferente, y es posible que las directrices para el
grupo de edad de su hijo no sean apropiadas para él. Téngalo en cuenta.
• Los niños de menos de 2 años de edad no entienden qué significa el cáncer. Es
posible que lloren o no cooperen durante las pruebas o tratamientos. Consuélele y
dígale que es normal llorar cuando algo le duele, como el pinchazo de una aguja.
• Los niños de 2 a 7 años de edad pueden pensar que su enfermedad es un castigo
por algo que han hecho, dicho o pensado. Explique a su hijo que no es verdad, y
que los tratamientos y las pruebas sirven para curarle del cáncer y se recupere.
Dígale que el cáncer son células “malas” y que el tratamiento le ayuda a que
“ganen” las células “buenas”.
• Los niños de 7 a 12 años de edad comprenden mejor la enfermedad y entienden
que iniciar el tratamiento e ir al médico les ayuda a sentirse mejor, aun cuando los
tratamientos les ocasionen dolor y malestar pasajeros.
• Los niños de 12 años de edad o más suelen entender que el cáncer es el
responsable de sus síntomas, como sentirse cansados. Explique a su hijo con
detalle cómo le ayuda el tratamiento y cómo funcionan los medicamentos para
hacer que en último término se encuentre mejor.
Los niños con cáncer tienen muchas dudas sobre su enfermedad pero les asusta
plantear preguntas. Hable desde el principio con el médico de su hijo para entender
bien el tratamiento y sus efectos secundarios poder explicárselo. Sea muy cariñoso y
muéstrele todo su apoyo, además de contestar sinceramente a sus preguntas.
Fuentes: American Cancer Society,
Candlelighters Childhood Cancer Foundation,
Centers for Disease Control and Prevention,
National Cancer Institute, Nemours
Foundation.
lunes, 3 de octubre de 2011
Actividad11_Recursos de la información II_reseña de pagina
Esta página se me hace muy completa, puesto que no solo incluye la parte teórica si no también la práctica y la experiencia, te hace pensar seriamente en las acciones que debes de hacer y como debes de realizarlas. Nunca debes dejar de cuestionarte si estás haciéndolo bien, y que acciones hacer para mejorar. Une lo mejores vivencias tanto académico y clínico para transferir los tratamientos más prometedores del laboratorio a los estudios clínicos. Además que proporciona algunas fuentes como es las diversas dosis según edad que deben ser aplicadas en esta área. Da mucha información que la enfermera puede tener como conocimientos básicos tanto básicos como lo son esenciales.
actividad10_Recursos de información_reseña de un libro:cáncer en niños
El cáncer infantil tiene cada vez más importancia en el ámbito de la pediatría; una de las razones es por ser la segunda causa de muerte en los pequeños. La identificación a tiempo podría determinar la gravedad y sobre todo que se les trate de una manera individualizada. Es por ello que día con día se hacen investigaciones y nuevos descubrimientos para el tratamiento específico de cada enfermedad, el objetivo es que cada tratamiento este encaminado a prevenir y si posible dejar las mínimas secuelas en los pacientes de cáncer infantil. La identificaciones de agentes oncogenes auxiliaría en el diagnóstico a nivel molecular como lo es por ejemplo para la neuroblastoma; que es un tumor especifico de la infancia.
domingo, 2 de octubre de 2011
estudio pediatría y oncología
Aunque son muchas y variadas las definiciones que se han dado sobre el significado de la "Ecología", nos ha parecido que la más apropiada al tema es aquella que se refiere a la "Ecología Humana" con el estudio del hombre en relación con su medio ambiente (1) ya que su estudio ha demostrado que la salud y la enfermedad no constituyen simplemente estados antagónicos sino diferentes modalidades de adaptación del organismo al ambiente en que se desenvuelve (2) y que los factores que promueven esta adaptación pueden actuar en sentido contrario produciendo la inadaptación que constituye la enfermedad.
Por otra parte, sabemos que "Pediatría" no solamente significa el arte de curar niños sino que en su sentido más ampliamente considerada es la rama de la medicina que estudia la Fisiopatología del individuo en crecimiento (3), es decir, implica el conocimiento no sólo de las condiciones patológicas del niño y su tratamiento sino que conlleva además su estudio como ante biopsicosocial. Por los anteriores conceptos, nos queda fácil entender la profunda conexión existente entre la Ecología humana y la Pediatría así como la importancia trascendental que cobra aquella para la mejor comprensión de ésta, más cuando considerados que actualmente la buena medicina ya no se concibe aisladamente como una práctica exclusivamente Preventiva, Curativa o Social sino que es el ejercicio simultáneo de las tres.
Anotemos finalmente también que el hombre no es un caso especial dentro de las leyes ecológicas; con algunas pequeñas diferencias de calidad y cantidad los mecanismos íntimos que rigen su proceso de adaptación, su trama vital, son básicamente los mismos que rigen a los animales y las plantas; que salud y enfermedad son la resultante del éxito o del fracaso del organismo para adaptarse, física y mentalmente, a las condiciones variables del ambiente; que la vida humana y la salud son consecuencia de una interacción continua entre el organismo y el exterior; que la muerte aparece como un grado máximo de desadaptación al ambiente (4) y que la "enfermedad específicamente humana —dice Jores aparece cuando el hombre es incapaz de realizar el supremo valor de la vida" (5); que las enfermedades son la desviación del orden vital y que el punto álgido de la vida es el más bajo de la muerte y viceversa. (6).
Después de estas breves y muy necesarias consideraciones, entramos a enfatizar hasta donde nos es posible ya que es muy escasa la literatura en este aspecto especifico de la ecología humana, en algunos aspectos pediátricos en donde a nuestro juicio es más clara y evidente la influencia de factores ecológicos o ambientales, sin dejar de reconocer que la amplia gama de la nosología pediátrica se caracteriza básicamente por dos aspectos muy interesantes: primero, que cualquier noxa que se presenta en el niño atenta contra su organismo en franco crecimiento y desarrollo; y segundo que la inmensa mayoría de la patología infantil tiene asidero franco en factores ambientales. Diremos pues que el niño es parte de un ecosistema que es la naturaleza y depende de un extenso sistema de interdependencia dinámica: la biosfera (7).
Por otra parte, sabemos que "Pediatría" no solamente significa el arte de curar niños sino que en su sentido más ampliamente considerada es la rama de la medicina que estudia la Fisiopatología del individuo en crecimiento (3), es decir, implica el conocimiento no sólo de las condiciones patológicas del niño y su tratamiento sino que conlleva además su estudio como ante biopsicosocial. Por los anteriores conceptos, nos queda fácil entender la profunda conexión existente entre la Ecología humana y la Pediatría así como la importancia trascendental que cobra aquella para la mejor comprensión de ésta, más cuando considerados que actualmente la buena medicina ya no se concibe aisladamente como una práctica exclusivamente Preventiva, Curativa o Social sino que es el ejercicio simultáneo de las tres.
Anotemos finalmente también que el hombre no es un caso especial dentro de las leyes ecológicas; con algunas pequeñas diferencias de calidad y cantidad los mecanismos íntimos que rigen su proceso de adaptación, su trama vital, son básicamente los mismos que rigen a los animales y las plantas; que salud y enfermedad son la resultante del éxito o del fracaso del organismo para adaptarse, física y mentalmente, a las condiciones variables del ambiente; que la vida humana y la salud son consecuencia de una interacción continua entre el organismo y el exterior; que la muerte aparece como un grado máximo de desadaptación al ambiente (4) y que la "enfermedad específicamente humana —dice Jores aparece cuando el hombre es incapaz de realizar el supremo valor de la vida" (5); que las enfermedades son la desviación del orden vital y que el punto álgido de la vida es el más bajo de la muerte y viceversa. (6).
Después de estas breves y muy necesarias consideraciones, entramos a enfatizar hasta donde nos es posible ya que es muy escasa la literatura en este aspecto especifico de la ecología humana, en algunos aspectos pediátricos en donde a nuestro juicio es más clara y evidente la influencia de factores ecológicos o ambientales, sin dejar de reconocer que la amplia gama de la nosología pediátrica se caracteriza básicamente por dos aspectos muy interesantes: primero, que cualquier noxa que se presenta en el niño atenta contra su organismo en franco crecimiento y desarrollo; y segundo que la inmensa mayoría de la patología infantil tiene asidero franco en factores ambientales. Diremos pues que el niño es parte de un ecosistema que es la naturaleza y depende de un extenso sistema de interdependencia dinámica: la biosfera (7).
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